Finalmente o mundo inteiro está vendo com seus próprios olhos quem são os verdadeiros inimigos da paz no Oriente Médio. Tudo o que o Campo da Paz vem dizendo há vários anos, parece que finalmente se fez luz. Não resta mais dúvidas que os radicais irresponsáveis de ambos os lados agora têm nome: eles se chamam Colonos, Hamas, Jihad e Al-Acsa.
De um lado os grupos extremistas palestinos que representam uma pequena parcela da população, menosprezam a AP e seu primeiro ministro, dizendo que Abbas teria sido muito condescendente no encontro de Acaba. De outro, os colonos israelenses que representam outra pequena parcela de população israelense, dizem que Sharon os vendeu no mesmo lugar.
Os terroristas e os colonos não aceitam dividir o território. Acham que as terras do Mediterrâneo até o Rio Jordão lhes pertencem. Cada um de acordo com suas crenças, atribui ao seu povo o direito de lá viver. Não importa o preço a pagar, seja em vidas perdidas ou em economias arruinadas. A única verdade é a deles.
Para mostrar que falam sério, os terroristas já se envolveram em um ataque a um posto de checagem na Faixa de Gaza que vitimou 5 soldados e outros 5 perpetuadores. Os colonos já avisaram que não vão abandonar as colônias legais (que tiveram permissão do governo de lá se estabelecerem), ou as ilegais (estabelecidas sem autorização). Para cada uma delas que o exército desmantelar, prometem resistir e criar outras 10.
A implementação do Mapa da Paz terá de passar por cima destes radicais que querem impor a sua vontade sobre a maioria. Os dois povos querem a paz e a reconciliação. Todos os institutos de pesquisa mostram isso. Somente a determinação das lideranças palestinas e israelenses em não se deixarem abalar com estes acontecimentos, fará com que a razão prevaleça sobre a paixão. Não podem esmorecer frente a esta terrível adversidade.
Ninguém em sã consciência deseja uma guerra civil entre os palestinos ou entre os israelenses. Será preciso muita diplomacia e pressão sobre os radicais para que abandonem suas pretensões. Todos eles, sejam os colonos, ou os extremistas precisam ser dobrados pela força da palavra e da determinação dos dois povos em avançar no caminho da convivência pacífica entre dois estados livres e soberanos.
Sabemos que vamos assistir a cenas terríveis de alguns poucos obcecados pela sua fé, cegos a falsas interpretações divinas que lhes concederam o direito bíblico sobre um território que hoje abriga outro povo. Esta gente foi e continua sendo responsável pela morte de milhares de inocentes. Finalmente terão de reconhecer que o direito a vida é o maior valor que recebemos de nossos antepassados, sejam eles judeus, muçulmanos ou cristãos.
Quando se trata de preservar a vida, todas as religiões monoteístas falam a mesma língua. Seus adeptos deveriam atentar ao maior de todos os preceitos: salvar uma vida é salvar a humanidade. A paz não trará de volta as vítimas da guerra. As famílias enlutadas não terão nunca mais a companhia de seus entes queridos. Mas somente a paz pode impedir que o futuro continue sendo sombrio ceifando mais vidas a cada dia.
O apoio do Campo da Paz a reconciliação entre israelenses e palestinos passa pela oferta aos radicais de uma reflexão séria e objetiva sobre seus conceitos de luta e de justiça. Pede a eles que baixem as armas, desistam de conquistar outro povo e ocupar suas terras, para ajudarem na reconstrução de um novo tempo de prosperidade, tolerância e preocupação com o futuro das novas gerações.
Todos juntos no caminho da paz.