Que povo é este, que nunca foi aceito nos países que os abrigam desde 1948?
Que povo é este, que diversas vezes foi expulso destes países por tentar assassinar o líder do governo?
Que povo é este, que emprega o terror como arma política para ter uma pátria?
Que povo é este, cujos irmãos os utilizam como joguetes ora os apoiando, ora os rejeitando, de acordo com suas conveniências?
Que povo é este, que ensina suas crianças a odiarem outro povo desde pequenas?
Que povo é este, que despreza a vida aplaudindo atos de suicídio, onde jovens se explodem para matar civis inocentes?
Que povo é este, que reverencia aqueles que atiram indiscriminadamente contra civis, inclusive bebês, a pretexto de lutarem por uma causa?
Que povo é este, cuja autoridade não consegue impedir que cada dia mais e mais jovens cometam atos terroristas que distanciam a criação de sua pátria?
Que povo é este, cuja autoridade prende, julga, condena e executa supostos traidores em menos de uma hora?
Que povo é este, que comemora atentados terroristas bem sucedidos contra crianças?
Que povo é este, cujas mães aceitam dinheiro em troca da vida de seus filhos para que se tornem mártires?
Que povo é este, em que a religião é utilizada para justificar estes atos?
Que povo é este, onde grupos terroristas fundamentalistas assumem o papel da assistência social a população?
Que povo é este, onde a corrupção de suas autoridades afasta a comida da boca dos famintos, o remédio dos doentes, o ensino dos analfabetos enviando a ajuda monetária que recebem para contas particulares no exterior?
Que povo é este, cuja liderança não consegue trazer a paz para dar a seu povo uma pátria, porque não fazem o que dizem, e dizem o que não fazem?
Este é o povo palestino. O povo que precisa chegar a um acordo com Israel que ponha fim a ocupação e permita a criação de seu Estado independente. Um povo que está sistematicamente construindo uma sociedade doentia, onde a morte é quem traz felicidade e a vida não tem qualquer valor.
O povo palestino precisa urgentemente de uma pátria. Somente com um Estado Independente serão capazes de curar suas feridas, tratar seus traumas, afastarem seus fantasmas e passar a respeitar a vida e os direitos humanos. Assim poderão construir uma nação democrática onde ela (a vida), possa ser o bem maior.
Os palestinos, lá como aqui, também precisam deixar que a esperança vença o medo.