Este texto foi lido no último domingo (11/08) na abertura da Hora Israelita transmitido pela Rádio Bandeirantes AM.
A Hora Israelita, conhecido programa de rádio na comunidade, desde a muito se transformou no porta voz dos donos da verdade. Travestidos de rádio-jornalistas, os donos do programa se acham acima do bem e do mal. Usam e abusam do microfone para agredir, incitar ao ódio e demonstrar todo o seu preconceito contra aqueles dos quais discordam.
Isto não é e nunca foi uma política que nos honrasse ou nos engrandecesse. Ao fazerem suas críticas usam de toda a forma de subterfúgios para impedir o direito de resposta. Covardemente impedem toda e qualquer manifestação que não seja coerente com a sua linha política.
Domingo passado fui mais uma vítima desta gente. Não satisfeitos em criticar meu artigo “Não Somos Sharon!” que recebeu aplausos de todos os segmentos da sociedade judaica e não judaica, atacaram a minha integridade dizendo que eu seria um desqualificado.
Ao descer para o nível da agressão pura e simples, pensavam que mais uma vez ficariam impunes. Desta vez, não fui o único que se sentiu ofendido. A Rede Bandeirantes, numa atitude digna dos preceitos de liberdade de imprensa, ordenou a Hora Israelita que me fosse dado o direito de resposta.
Não vou ocupar o tempo dos senhores ouvintes com subterfúgios para devolver a ofensa recebida. Pelo contrário, vou apenas dizer, que assim como eu, milhares de pessoas ao redor do mundo estão solidárias com a busca da paz no Oriente Médio. Todas nós criticamos todos aqueles que se opõe à reconciliação entre o povo judeu e o povo palestino. Por isso não importa de que lado ele esteja, se for contra a paz, nós continuaremos a denunciá-lo.
Conclamo a todos os senhores e senhoras a se juntarem ao Campo Pacifista não aceitando mais o incitamento protagonizado por programas deste tipo. Não permitam que o povo judeu seja associado novamente ao racismo. Somos o povo do livro, um povo solidário, sofrido mas forte para se manter unido por milhares de anos. Temos nossas opiniões mas elas não nos tornam melhores e nem piores do que os outros. O respeito a nossa diversidade ideológica nos engrandece. O desrespeito nos enfraquece.
Por fim, quero desejar a todos aqueles que me enviaram seus cumprimentos pelo artigo, o meu muito obrigado. Espero estar assim, contribuindo para que a paz chegue novamente a nossa amada Israel.
Atenciosmanete,
Mauro Nadvorny