Nos últimos dez dias, os Houthis do Iêmen tem lançado um míssil balístico por dia contra nós, hoje foram dois. Geralmente as sirenes de alerta soam nas regiões de Jerusalém e Tel Aviv, e até o momento, todos os mísseis foram derrubado fora do nosso espaço aéreo.

Vocês têm noção do que é viver assim? Todos os dias, as vezes de dia, mas quase sempre no meio da noite, ter de acordar e correr para um abrigo? Ninguém quer ariscar que a defesa falhe e o míssil caia sobre si. Nossa defesa antiaérea é a melhor do mundo, no entanto não é hermética.

Principais impactos esperados em caso de impacto direto:

  1. Destruição estrutural massiva:
    • Ogivas convencionais de mísseis como o Emad (iranisano) podem demolir edifícios de concreto, como evidenciado pelo colapso parcial de uma escola em Modi’in.
    • Crateras de 8 a 10 metros de profundidade capazes de destruir infraestrutura subterrânea1.
  2. Vítimas humanas em larga escala:
    • Um impacto em áreas residenciais ou comerciais poderia resultar em centenas de mortes, conforme estimado por análises da BBC.
    • Fragmentação de vidros e detritos projetados amplificariam ferimentos, mesmo em interceptações parciais.

Em meio a convivência com este perigo diário, seguimos realizando ataques no Líbano contra o Hizbalah e na Síria contra os novos mandantes.

E a guerra em Gaza, que foi retomada para manter Netanihau no poder e poder passar o orçamento anual de 2025, vai aumentando de intensidade dia a dia. A perda de vidas cresce do lado palestino e a qualquer momento vai chegar para nós também. Sejam as vidas de soldados, sejam de reféns, ou de ambos. Uma questão de tempo.
Se tudo isto não bastasse, o governo passou uma lei que muda a constituição profissional da comissão que nomeia juízes. Saem os profissionais e a ordem dos advogados, entram políticos. Obviamente que com maioria para o governo. A lei já está sendo contestada na suprema corte.

As ruas estão recebendo manifestações diárias com dezenas de milhares de manifestantes por todo o país. Os sindicatos, o comércio, a indústria, o sistema financeiro e as empresas High Tech estão avisando o governo que se a democracia for abalada, vão parar o país.

O inverno está indo embora. A primavera já se insinua com os primeiros dias de calor e logo adiante é Pessach. Não há muito o que ser comemorado.