Foi com lágrimas nos olhos e o coração apertado, que eu e toda Israel recebemos a notícia do resgate de nossos 4 reféns: Noa Argamani, Almog Meir, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv do campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza. Após oito meses de cativeiro, este resgate, um dos mais complexos da guerra, exigiu meticuloso planejamento e execução.
Assim como na Operação Entebe, réplicas em madeira das ruas e dos locais onde os reféns estavam foram construídas. Durante dois meses, exercícios exaustivos foram realizados, prevendo todos os cenários possíveis.
Finalmente, a operação recebeu sinal verde e foi realizada em plena luz do dia. Quase tudo ocorreu conforme o planejado, mas, infelizmente, assim como na Operação Entebe, onde o comandante da operação Yony Netanyahu (irmão do primeiro ministro) foi a única baixa, o inspetor-chefe Arnon Zamora, oficial da unidade antiterrorista de elite Yamam, perdeu a vida nesta ousada missão para libertar os quatro reféns.
Outras histórias comoventes vieram à tona. Poucas horas antes do resgate, o pai do refém Almog Kozlov faleceu. A mãe de Noa Argamani, que se tornou um símbolo da luta pela libertação de todos os reféns, luta contra um câncer terminal na cabeça. Ela já havia sido diagnosticada antes dos eventos de 7 de outubro, com os médicos prevendo poucos meses de vida. No entanto, ela superou as expectativas e, contrariando os prognósticos, reencontrou sua filha.
O país celebrou em festas e comemorações espontâneas nas ruas. Na maior delas, na rua Kaplan em Tel Aviv, a polícia, exercendo força desproporcional, chegou para dispersar a festa e prendeu 33 manifestantes que também exigiam eleições imediatas.
Um novo meme já circula nas redes sociais em Israel, dizendo: “Agora empatou! 120 para voltarem e 120 para irem embora”, referindo-se ao número de reféns ainda em cativeiro e ao número de cadeiras na Knesset.
Parte da imprensa deu voz ao Hamas, que em poucos minutos anunciou um massacre com 250 mortos na ação de resgate. A contagem é exagerada, mas é fato que entre terroristas e civis atingidos no tiroteio, o número pode chegar a algumas dezenas.
Mais uma vez, fica comprovado que o Hamas usa casas de civis como cativeiros em áreas densamente povoadas. Infelizmente, entre esses civis, encontram-se simpatizantes que se tornam cúmplices e outros totalmente inocentes. Estes últimos acabam sendo mortos pela culpa única e exclusiva do Hamas.
Israel tem todo o direito de resgatar seus reféns utilizando todos os meios ao seu dispor, a qualquer custo.
Agora é o momento de pressionar por um acordo que encerre esta tragédia, liberte todos os sequestrados e convoque eleições para que o povo decida o próximo governo. As ruas clamam por isso cada vez mais alto.