Autoria: Simeão Jaime R Pinto
Revisão Rosane Pavam

Não, não saio pelas redes sociais esfregando a minha “paz”. A paz não se esfrega na cabeça e no corpo. A paz não é apenas uma teoria. Paz não é Estado Líquido. A paz não é um planeta, é plano diário. Paz não se ensina. Antes de muitas outras coisas, a paz é. Ter paz para estudar, sim. Mas, antes disso, é preciso conseguir as condições de proporcionar essa paz. Quantas pessoas somente no Brasil não têm educação pública de qualidade?

Paz não é segurança. A segurança pública é que deveria dispor de meios para alcançar a paz. Todos vimos o que a falta de paz fez em alguns estados. Não houve aulas em muitas escolas. A violência não permitiu essa paz. Ah, a violência, o que é a violência? Ausência de paz ou ausência de quê? Violência é não ter paz para fazer seus estudos, pois, dizem, educar reduz a violência. Nem ter saúde, embora o SUS seja o mais democrático sistema de saúde do mundo. Nós temos saúde pública de qualidade para toda a população do Brasil? Não. Pois como uma criança de 3 três anos de idade pode iniciar os estudos sem saneamento básico e pior, antes disso, sem que sua mãe tivesse feito o pré-natal durante a gravidez? Muitas não fizeram. Como conseguir paz dessa forma, sem saúde, segurança e educação?

A violência no Brasil é pior que qualquer guerra no mundo. Se você não acredita, pegue os dados. Vamos falar de dignidade. Podemos ter paz sem emprego, sem educação, sem segurança e, menos ainda, sem cultura? Não. Já elenquei diversas situações que nos tiram a paz.

A violência constitui algo muito grave, sim. Perder um familiar de forma trágica é devastador. Não consigo imaginar, nem me colocar no lugar de centenas de famílias que sofreram os ataques terroristas em Israel. E olhe que lá existe paz na saúde e na educação. Há emprego. Mas segurança não se tem. Israel foi entregue nas mãos de um pequeno grupo extremista B’H, um grupo pequeno, graças a deus, mas que não ouviu nem viu diversos avisos de que algo, algum tipo de movimentação ocorria do outro lado do muro, onde não se tem paz nenhuma. Seria tão simples. Bastaria ter olhado por cima do muro para ver que do outro lado a paz estava cercada, sem nada, sem educação. Lá do outro lado não havia saúde. Do outro lado não havia segurança, essa que nunca passou perto dali. Ninguém viu, não ouviu… A boca, essa sim, fala de paz, mas somente para um lado.

Não, eu não poderia falar de paz para centenas de famílias em Israel. Por enquanto, é dor, dor, luto e muito luto. E um misto de raiva, ira e o pior dos sentimentos (que o Eterno não permita), vingança. Sabem como eu estou, como vejo a paz? A paz está sentada na janela, olhando os tantos prantos da população de Israel e ouvindo os gritos da população de Gaza.

Am Israel hi!