“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. Essa célebre frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista, nos permite refletir acerca do papel das “fakes News” na sociedade.
Eram cerca de 19:20 h em Israel, quando começaram a chegar notícias de que um Hospital em Gaza teria sido bombardeado por Israel. Nos informes já falavam de 500 mortos, depois 200 mortos, depois 600 mortos. Uma contagem impossível, mas que já continha a intenção de difundir uma mensagem ao mundo, a de que Israel teria cometido um crime de guerra sem precedentes.
Logo, todos os meios de comunicação começaram a difundir as terríveis imagens e, sem nenhuma medida de verificação da verdade, começaram a divulgar o fato como provado. Multidões saíram as ruas em diversos países árabes. As embaixadas de Israel na Turquia e no Líbano foram atacadas. O encontro de Biden com líderes árabes foi cancelado.
Em uma guerra existe o chamado efeito colateral. Um termo para minimizar a morte de civis em ataques de parte a parte. Ele pode ser justificado quando o ataque ocorre a uma instalação militar, mas jamais contra um objetivo civil, muito menos um Hospital. Neste caso, poderia ter ocorrido um erro crasso?
Israel já divulgou em diversas oportunidade o disparo de foguetes por parte do Hamas e da Jihad Islâmica partindo de escolas, de terrenos em meio a casas de pacatos cidadãos e até mesmo das proximidades de postos de saúde e Hospitais. Quando ocorre um disparo, o exército recebe imediatamente as coordenadas de onde partiu. Elas são checadas e ocorrem disparos de revide, ou ataques a fonte de onde partiram de acordo com as ordens recebidas.
A primeira possibilidade que surgiu, foi justamente a de um erro. Talvez os foguetes tenham sido lançados do terreno do Hospital e alguém decidiu revidar de imediato. Uma decisão tomada no calor dos eventos, já que naquele momento Israel estava sendo bombardeada.
O país parou aguardando uma manifestação com uma explicação do exército que não chegava. Nos bastidores, todas as possibilidades estavam sendo checadas. Exército, marinha e aeronáutica revisavam suas ações e verificavam se poderia ter ocorrido um erro, ou até mesmo um disparo acidental. As horas passavam e o mundo ia virando de ponta cabeça.
Enquanto isto começavam a aparecer nos Canais do Telegram que cobrem a guerra e não estão sujeitos a censura militar, as primeiras imagens das vítimas. O que foi estranho, mas na hora ninguém estava prestando atenção, era que os feridos pareciam estar sendo atendidos em um Hospital. Talvez fosse uma unidade próxima.
Em seguida mais imagens de feridos, todos no que parecia ser um terreno aberto. Novamente não chamou atenção, já que mostrava um grande número de vítimas. Mas então surge o primeiro vídeo do momento em que ocorre a explosão. Nele pode-se ver o desabamento de algo que não era cercado por paredes. Finalmente surgem os primeiros vídeos que mostram um foguete que perde altitude e cai no solo.
Horas depois de uma angustiante espera, chega o comunicado oficial das Forças Armadas Israelenses. Um foguete disparado pela Jihad Islâmica foi quem atingiu a área do Hospital. Israel não tem nada a ver com o acontecido e lamenta a morte de inocentes.
Hoje já sabemos melhor o que aconteceu de fato.
- A Jihad Islâmica disparou uma série de foguetes contra Israel. Na rota dos disparos se encontrava o Hospital.
- Um dos foguetes falhou, perdeu altitude e caiu no estacionamento do Hospital.
- O prédio do Hospital não foi destruído, pelo contrário, recebeu e atendeu muitas das vítimas. Fotos de hoje pela manhã, mostram o estacionamento onde caiu o foguete e danos na parte frontal do Hospital com vidros partidos.
- O número de mortos e feridos é desconhecido, mas não são os divulgados pelo Hamas.
- Israel mostrou um mapa com mais de 450 explosões em Gaza decorrentes do mal funcionamento de foguetes disparados. A maior parte deles atingem moradias.
- Conversa interceptada entre os terroristas, mostra que o disparo foi um erro deles. As imagens dos vídeos, inclusive da Rede Al-Jazera, não deixam dúvidas.
Aos poucos a verdade surge e confirma o que já sabemos desde o início. Estamos diante das maiores manifestações antissemitas já ocorridas no mundo moderno. Qualquer ilação levantada contra Israel, recebe toda atenção mundial e é disparada pelos meios de comunicação e redes sociais, espalhando-se com uma velocidade nunca vista. A Fake News do bombardeio de um Hospital em Gaza com 600 mortos é apenas a mais recente, mas não será a última.
Está provado que existe somente um lugar em todo o mundo que protege os judeus, Israel. Em qualquer outro país os judeus estão sujeitos a manifestações antissemitas cada vez mais intensas. Temos de fortalecer cada vez mais o Estado de Israel, sua democracia e sua capacidade de enfrentar todas as ameaças contra sua existência.
Todos os judeus do mundo devem pensar no seu papel nas comunidades onde vivem e na possibilidade de fazerem Aliá. Nenhum de vocês se encontra seguro num mundo cada vez mais voltado para ser cúmplice do terrorismo contra nós. Quando se escutam que existem justificativas morais para o assassinato de bebês, mulheres, crianças e idosos inocentes, algo de muito errado está acontecendo e serve de alerta para o que ainda está por acontecer.