Moisés, na Torá, estabelece como “cláusulas pétreas”:
1) amar o próximo como a si mesmo;
2) amar o estrangeiro e;
3) ser solidário com seu inimigo.
Jesus, um Mestre do Judaísmo da Escola de Hillel, relembra o “amar o próximo como a si mesmo” também como cláusula pétrea e fundamento da Torá.
Nem Moisés nem Jesus sugerem um amor com carga “moral”, mas um amor com carga “ética”, isto é, o amor como “ethos”, “modus” de convivência social. Não é um amor ao próximo “hétero”, “gay”, “mulher” etc, mas o amor que não nasce nem se justifica em moralidade e, sim, em eticidade. A mesma coisa ensinou o grande Rabino Hillel, anterior a Jesus, sendo ambos da mesma Escola.
Mas, depois de muitos anos, vêm Trump, Bannon e Bolsonaro, e ensinam algo muito diferente de Moisés, Hillel e Jesus: “ame apenas os que são iguais a nós, isto é, os fascistas, e odeie os outros, odeie os gays, odeie as lésbicas, as trans, os esquerdistas, os democratas, os constitucionais”.
Voltando à origem, Moisés, Hillel e Jesus nunca se preocuparam com a orientação sexual de qualquer pessoa, mas os trumpistas e bolsonaristas, sim!
NOTA
Eu não sou Negro, eu não sou Gay, eu não sou Palestino, eu não sou Mulher, eu não sou Indígena, eu não sou Locatário, eu não sou Morador em situação de rua, eu não sou Umbandista, eu não sou Candomblecista, eu não sou dependente químico, eu não tenho deficiência física…
Tenho “apenas” EMPATIA com todas essas pessoas e respectivas lutas e, embora não sejam meus lugares de fala, fico ali, no banquinho, ao lado delas em plena solidariedade ativa!
Pietro Nardella-Dellova