Eu gostava de poder gritar o meu amor
Mas não me permites
De sorte que tenho a poesia
É através dela que liberto os meus sentimentos
Tu és o silêncio que me reprime
Escrever tira-me a mordaça
Tornas-te impotente diante do poder libertador das letras
Amo-te, e grito aqui
Onde tantos me ouvem
Uns choram
Outros encantam-se
Mas consigo tocá-los através do que sinto
O campo das letras é libertário
Aqui eu posso dizer que te amo
Consigo desenhar o teu corpo sob meu domínio
Em todas as noites em que és tão meu
Aqui eu posso gritar o tanto que eu sou tua.
28 de Elul, 5781