Vamos falar sobre nascer e morrer
É sobre querer abraçar
Sabendo que é mister deixar ir
É respeitar o livre arbítrio
Ainda que a alma sangre
Como a mãe que se vê impotente diante de um aborto
E ainda ter que sobreviver às lembranças
Resguardando alguma esperança
De um dia, voltar a sorrir
É vivenciar o luto
Sem se permitir uma única lágrima
Enterrar os vivos é como cortar a própria carne
É amputar um órgão
Para salvar a vida.