Sua face, que tenho de lembrança, o tempo vingou na memoria
Do leite em pote de vidro deixado às portas das casas na infância
Ao som dos canhões emudecidos pelas flores que restaram pelo caminho
Na bola que sela o jogo da vida, mas cala o cárcere subterrâneo que mata
Onde crescem homens e mulheres ecoando distantes navegantes
Por sobre a impotência incandescente, que perpassa a desigualdade social
Em tentáculos que se expandem, como tumores, nódoas sujas de concreto
Respeitemos a morte de quem lhe tiramos a vida, nós, os algozes
A ilusão de um suposto progresso, que encubra um farsesco engôdo
Megalópole, por excelência, me curvo aos seus excêntricos desígnios
Onde faço prumo meus consolos, de muitas recordações registradas