Quis fazer-te um poema

Mas a vida ainda não era livre

Haviam centelhas de um passado que resplandeciam

Vidas que se cruzavam

Com total ausência de harmonia

Não se pode subestimar as cicatrizes

Quando elas ainda sangram

Compromissos de papel e de honra

Estrada dividida

Entre o querer e o ser

Lacunas entre o ser e o estar

Dúvidas que partem da razão

E o querer se entregar

São nuances de tantos sentimentos

E essas tantas incertezas que trago nesse momento

Seguir só

Ou aceitar a tua mão?

E se amanhã, essa mão, a minha soltar?