No episódio da saída de Moro do governo, Bolsonaro disse com todas as letras a Moro que precisa de gente de sua proximidade na PF, para quem possa telefonar a qualquer momento para obter informações sobre inquéritos e investigações, tanto no âmbito da PF como do STF. Afirmou que sim, o objetivo é interferir politicamente na PF.

Ao se dirigir nestes termos ao tido como paladino da Justiça brasileira e que desfruta de amplo apoio popular, sendo no momento a maior estrela política de seu governo, o palhaço do pantanalto fornece todas as provas de sua insanidade, de sua total incapacidade política, de seu narcisismo patológico, de seu autoritarismo pueril, de sua falta de limites, de sua inconsequência, de sua sociopatia, e de seu pensamento desorganizado e amoral, além de francamente ilegal e inconstitucional.

Nem chega a fazer o cálculo do potencial destruidor que Moro, tendo ficado 15 meses à frente da PF e da Justiça, pode ter sobre a sua imagem em um eventual embate eleitoral no futuro próximo. Bozo realmente acredita que é um salvador nacional e que nada se abaterá sobre ele. Deve pensar todas as noites no atentado fracassado de Von Stauffenberg contra Hitler, que por sua vez atribuiu sua sobrevivência à Providência, reforçando sua vocação messiânica.

Bolsonaro não surpreende a absolutamente ninguém que tenha um mínimo de experiência política, conhecimento histórico, mínimos conhecimentos de psicologia e psicopatologia, a quem tenha um pingo de sabedoria e experiência de vida em geral.

Infelizmente, 57 milhões de brasileiros, de alguma forma identificados com algum ou alguns dos aspectos horripilantes e deficientes desse monstro, sujaram suas mãos com sangue ao votar 17. O Sangue da pátria que diziam amar, que ora corre caudalosamente pela opinião pública mundial, envergonha-nos como nunca em nossa história.

A única rima pronunciável nos dias de hoje, é: Brasil rima com imbecil. Até quando será este o nosso mantra?

NN