Censurado
 
Lendo a justificativa do companheiro Atuch por haver censurado meu artigo, vejo que lamentavelmente ele leva para o campo pessoal o que deveria ter ficado na discussão acadêmica e intelectual.
 
Ao dizer que meu artigo se baseia no meu etnocentrismo, uma visão de mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais, e que em função disso o que escrevi poderia ser resumido numa frase: “bandido bom é bandido morto”,
me atribuístes a voz de um fascista. Dissestes que enquanto eu chamo o paramilitar de carniceiro, milhares de manifestantes no Irã pensam o contrário. O que é isso companheiro?
 
Estes milhares de manifestantes são os mesmos que saem às ruas para comemorar os enforcamentos de homossexuais e esquerdistas traidores do Islã. Como podes ser solidário a eles e dizer que sou eu quem falo como um fascista?
 
Falas que eu escrevo com uma visão de mundo etnocêntrica e que eu considero os judeus mais importantes que os demais. Lamento, companheiro, mas esta é uma afirmação antissemita com todas as letras. Jamais me coloquei acima de quem quer que seja, assim como em mais de um ano de publicações semanais fui chamado de etnocêntrico.
 
Meu artigo censurado explica parágrafo a parágrafo quem era este paramilitar e as milhares de vidas que ele tirou. Se Hitler tivesse morrido em um dos atentados contra a vida dele, quantas vidas teriam sido
salvas? Quem de nós, se vivos naqueles anos, não teria comemorado. Não sejamos hipócritas.
 
Trazes a baila um texto ofensivo aos judeus, que o próprio autor reconheceu sê-lo que foi retirado do ar e comparas com o que eu escrevi. O que tem uma coisa a ver com a outra?
 
No fundo nossa discussão se resume a censura e isto foi exatamente o que aconteceu. Tuas justificativas para censurar meu artigo vão de uma ofensa antissemita pessoal de um lado, e a linha editorial de outro.
 
Ora, tu fazes exatamente como este governo que ambos combatemos ombro a ombro na mesma trincheira. A justificativa da Ancine para censurar filmes LGTB, por exemplo, é de que eles não estão de acordo com a nova linha editorial deste governo. O mesmo argumento que tu usaste para me censurar.
 
No início do meu artigo quando digo que acordamos em um mundo melhor para se viver, também digo que não vou entrar no mérito da causa de sua morte. Me ative ao fato do que havia ocorrido, morto estava. Se eu acho que foi correto, ou não, se justificável, ou não, eu não tratei disso e tu conheces muito bem as minhas posições porque não mudaram desde sempre.
 
De uma certa forma me sinto na mesma posição do Porta dos Fundos. Provavelmente se fosse um texto escrito, não um especial pela TV, o Brasil247 o teria censurado por ofensa religiosa. Vide a multidão de ofendidos Brasil afora.
 
Minha posição não mudou, o que fizestes foi um ato de censura que lamentavelmente acontece em muitos meios de comunicação.
 
Vida que segue companheiro, tudo na vida é um aprendizado.
Semana que vem tem outro artigo. A luta continua.