Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque por terra, mar e ar contra Israel vitimando cerca de 1200 israelenses e tomando outros 240 como reféns, desencadeando uma resposta militar vigorosa por parte de Israel. Essa situação suscita comparações com o ataque japonês a Pearl Harbor em 7 de dezembro 1941 que resultou em 2.403 mortes e 1.178 feridos entre os militares americanos, e que também provocou uma resposta militar contundente dos Estados Unidos. Apesar de algumas similaridades, como a natureza covarde dos ataques e a subsequente ação militar, existem diferenças significativas entre os dois eventos e as reações que se seguiram.
É importante notar que todas as vítimas americanas no ataque eram não combatentes, pois os Estados Unidos não estavam em guerra com o Japão no momento do ataque.
Tanto o ataque a Pearl Harbor quanto o ataque do Hamas foram realizados de maneira covarde e unilateral, resultando em um grande número de mortos e feridos. Ambos representam violações flagrantes do direito internacional e mostram um desrespeito evidente pela vida humana.
Em ambos os casos, os países atacados responderam com força militar significativa. Os Estados Unidos declararam guerra ao Japão após o ataque a Pearl Harbor, enquanto Israel, deu início a uma operação de guerra em Gaza para derrubar o Hamas do poder e libertar os reféns. Embora Israel não tenha formalmente declarado guerra ao Hamas, o ataque foi considerado um ato de guerra pelo governo israelense. Essa postura demonstra a gravidade do ataque e a determinação de Israel em defender seus cidadãos.
Tanto os Estados Unidos quanto Israel buscaram, por meio de ação militar, deter o agressor e prevenir futuros ataques. A dissuasão é crucial na segurança nacional, e a resposta militar em ambos os casos visou enviar uma mensagem clara de que tais atos de agressão não serão tolerados.
O ataque a Pearl Harbor foi em grande escala, envolvendo o ataque simultâneo a várias bases militares americanas. O ataque do Hamas, aconteceu por terra, mar e ar envolvendo cerca de 3.000 terroristas
Os Estados Unidos usaram armas atômicas contra o Japão, resultando em centenas de milhares de mortes civis. Por outro lado, Israel tem se esforçado para evitar baixas civis em Gaza, mesmo que isso signifique prolongar a operação militar.
Os Estados Unidos buscavam a rendição incondicional do Japão após Pearl Harbor. Israel, em Gaza, visa derrubar o Hamas do poder, acabar com sua ala militara e a libertação dos reféns. Essa diferença nos objetivos políticos destaca a complexidade dos conflitos e a necessidade de soluções políticas abrangentes.
A comunidade internacional condenou o ataque a Pearl Harbor e apoiou a ação militar dos Estados Unidos. No caso do ataque do Hamas, a condenação foi generalizada, mas a reação à ação militar de Israel foi mais ambígua. Isso reflete as diferentes perspectivas sobre o conflito israelo-palestino.
Embora existam semelhanças nas respostas aos ataques de Pearl Harbor e Gaza, as diferenças são significativas. Essas disparidades são atribuíveis à natureza dos ataques, aos objetivos políticos dos países envolvidos e ao papel da comunidade internacional.
O uso de bombas atômicas pelos Estados Unidos foi controverso, resultando por um lado em grandes perdas civis, mas por outro a capitulação do Japão que salvou milhares de vidas. Israel, faz uso de toda a força militar de que dispõe, mas em contraste, prioriza a minimização de baixas civis em Gaza.
A questão central de poupar vidas emerge de maneira destacada ao se comparar as reações ao ataque japonês a Pearl Harbor e ao ataque do Hamas a Israel. No caso do Japão, a capitulação após os bombardeios atômicos foi motivada pela intenção de poupar a vida de sua população diante de uma ameaça grave. A decisão de encerrar o conflito visava evitar mais mortes e sofrimento.
Por outro lado, a situação contrasta com as ações do Hamas em Gaza. Apesar de dispor de extensos túneis, o grupo não permitiu que a população civil os utilizasse como abrigo, comprometendo a segurança dos civis. Além disso, a recusa em capitular e liberar reféns israelenses contribui para a continuidade do conflito, prolongando o sofrimento e as perdas de vidas.
A comparação ressalta a importância das decisões políticas e estratégicas na preservação de vidas. Enquanto o Japão optou pela rendição para evitar mais danos à sua população, o Hamas, ao não utilizar recursos disponíveis para proteger civis e não buscar uma resolução que encerre o conflito, parece negligenciar a prioridade de poupar vidas. Isso evidencia a complexidade ética e humanitária que permeia os conflitos armados e as diferentes abordagens adotadas pelos atores envolvidos em diferentes contextos históricos.