1. A crítica a um certo tipo de sionismo ou a vários tipos de sionismos, mesmo aquele que é de esquerda, é aceitável pois está no plano de ideias. Ideia é uma coisa, fato, outra! Até eu sou antissionista em certos aspectos.
2. Nem todo antissionista é antissemita, mas todo antissemita é antissionista! O antissemitismo é criado no seio (e nos inícios) da Igreja Católica Apostólica Romana e piorado na Igreja Luterana, sempre em acusação aos Judeus e Judias.
3. Queriam os Católicos e, depois, os Luteranos e protestantes respectivos, assim como os pentecostais e, agora, os neopentecostais, que os Judeus e o Judaísmo sumissem. Suas crenças se baseiam na substituição dos Judeus por Cristãos (teologia da substituição).
4. O conflito entre Israel e Árabes iniciou-se quando a ONU criou 2 Estados: Estado de Israel e Estado Árabe. Os Judeus aceitaram; os Árabes (Líbano, Iraque, Jordânia, Síria, Líbano) e Egípcios, não. O Conflito se converteu em Israel-Palestina e, agora, Israel-Hamás.
5. Israel é um Estado; Hamás, grupo terrorista. Judeus progressistas e esclarecidos, assim como Palestinos conscientes e esclarecidos (sobretudo, da Cisjordânia) defendem a criação do Estado da Palestina que viva e conviva com o Estado de Israel. A direita israelense e Hamás, não!
6. Os sionismos, mesmo os da direita e da extrema-direita israelense, incluso o religioso ortodoxo, não criaram o antissemitismo. Antissemitismo vem de longe, permanece e existirá para o tempo futuro, com ou sem sionismos, com ou sem Israel, com ou sem Palestina. A islamofobia idem.
7. Não são os sionismos, em quaisquer de seus fundamentos, que geram o antissemitismo. O antissemitismo tem necropolítica própria, antiga e multifacetada. Outra vez: nem todo antissionista é antissemita (aliás, o antissionista sequer sabe o que fala quando singulariza a palavra “sionismo”), mas todo antissemita é antissionista!
(Pietro Nardella-Dellova)