Como gestor, sempre valorizei o conceito de “vantagem competitiva sustentável” de Michael Porter. A ideia é não apenas ser bom, mas ser continuamente bom de uma forma que outros não possam replicar facilmente. E se há algo que o governo atual não tem conseguido manter, é a vantagem na narrativa. Você entende? Tínhamos sido atacados, mais de 1400 pessoas haviam sido mortas de forma completamente imoral e violenta e o governo ficou calado, deixando que o Hamas tomasse o controle da narrativa.

O vácuo na narrativa tornou a vida dos judeus no mundo perigosa. Este governo, por sua inabilidade estratégica, está colocando todos os judeus em risco de vida. E nós estamos aceitando tudo isso? O país, afinal, também é um produto que precisa ser vendido, e não podemos ignorar que perdemos nosso soft power, aceitando essa realidade como um fato consumado.

Nossa liderança, que sempre se vangloriou de sua habilidade em manipular histórias, está agora sendo superada em seu próprio jogo. Mas a luta não se resume apenas a armas e narrativas. Também estamos lutando pela alma de nossa nação, pelo nosso lugar na comunidade global, pela nossa própria identidade. Você entende que estamos deixando um sujeito que está com 3 processos criminais junto com um bando de extremistas de direita e alguns Haredim nos representarem nisso tudo?

Esta é a matéria-prima de nossa essência nacional, o cerne que vai além da mera estratégia e se infiltra em cada ação, cada decisão que tomamos. É a assinatura indelével de nosso caráter coletivo. E agora, mais do que nunca, é imperativo agir para resgatar nossa narrativa, para reclamar aquela “vantagem competitiva sustentável” que se estende além do campo de batalha e permeia a consciência global. Mas para fazer isso, nossas ações precisam ser um espelho de nossos valores, um testemunho vivo do tipo de sociedade que aspiramos ser. A narrativa está lá, pronta para ser tecida, mas primeiro, precisamos ser a matéria digna de tal tapeçaria. Então, quem se habilita?