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Minha nonna, nascida no Ghetto, não era exatamente uma “religiosa”, era uma anarquista, antifascista e que se opôs muito às forças opressoras garibaldinas (do Norte).
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O tanto que ela me ensinou de Judaísmo era fundamentalmente o “Shemá Israel” (e coisas de ética e comida judaicas), e me dizia que isso, apenas isso, me ajudaria a não ser submetido ao mundo, à idolatria ou a homens (mitos, heróis, deuses fálicos etc).
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De fato, o “Shema Israel” é quase tudo o que tenho precisado no meu giro pelo mundo, é quase toda energia de que preciso para não ser submetido. O “Shema Israel” deu a ela, minha querida nonna, e dá a mim – e aos meus filhos depois de mim, um sentido de judeidade, uma alma judia (bastante anarquista) e alguma coisa que me faz ficar no alto, no bem alto.
ישראל
Enfim, todas as vezes em que ouço ou profiro o “Shemá Israel”, não escuto a voz de “D-us”, escuto a voz da minha nonna
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(Pietro Nardella-Dellova)