Hoje estou a embebedar-me
No vinho do teu amor fagueiro
que não canso de provar-me
Mergulho-me
na tua dorna
para ser pisado
pelos teus pés
O flâmeo que teu rosto
adorna!
estás a despir
então conheço
a tua verdadeira e bela forma
Na alcova do teu amor
fagueiro
aproveito o repouso
Aos teus lábios
provo o mais puro mosto
Ah o nosso fado amor
garboso!
Não és mesmo dócil?!
Na verdade és a edil
Que dá as ordenanças
A duquesa que está a eclipsar
As donzelas mais belas
do nosso universo
nem há palavras
para exprimir
e falar de ti
é preciso suprimir
o verso
Ou desaguar-me
no teu infinito
amor perverso
no qual
estou preso
acorrentado e
submerso!