Como se fosse uma terapia
É preciso falar dessa dor que anestesia
Das palavras e atos que dilaceram a alma
Que destroem os sentimentos
Já não chegam lágrimas aos olhos
As lâminas de tuas palavras já não me fazem sangrar
Apenas sinto um frio que invade o meu ser
Como se eu me ausentasse de mim mesma
E observasse tudo como em uma tela
Uma pintura semelhante ao inferno de Dante
Ou A mulher sentada sobre os cotovelos de Picasso
Do sonho ao pesadelo
Do amor ao desencanto
Mas já não existe pranto
Ficaram essas palavras que expresso como se fosse um canto
Um lamento e uma despedida.
14/10/2021
08 de Chesvan, 5782