Nasci rio

Trago em mim toda essa liberdade

Não conheço fronteiras

Me recuso a ser contida!

Não me traga barreiras

Que castrem os meus sonhos

Que delimitem o que sou

As águas desse rio

Não foram feitas  para cisternas

Se não sabes nadar

Ou sequer, navegar

Que digas um simples adeus

Porque o rio precisa seguir

Mergulhar em mares e oceanos

Espalhando cores diversas

Aromas marcantes

Despertando paixões, ao fazer dueto coma lua

Encantando os amantes

Molhando rostos em forma de chuva

Seguindo o ciclo, ou fazendo curvas

Como orvalho, umedecendo beijos

Molhando os desejos…

E depois de um dia

Corro desfazendo as margens

Desemboco feroz numa cascata

E finalmente me rendo

Ao tanto de amor contigo nessa poesia.