O palhaço do pantanalto, através da Advocacia Geral da União protocolou no STF a entrega de seus exames de COVID-19, se é que realmente o que foi entregue representa a verdade.

Jamais convencerá alguém que um resultado negativo de um exame de doença infecto-contagiosa não relacionada a aspectos íntimos de sua vida seria objeto de sigilo pessoal, sabendo que a posição que ocupa não permitiria este tipo de sigilo.

Alegou, publicamente, que o registro do exame no laboratório havia sido “codificado”. Certamente, como todo delirante paranóide, teria feito isto de fato para dissuadir qualquer tentativa de vazar o resultado. Ainda assim, também afirmou publicamente que o resultado era negativo.

Ora, se era negativo, por quê não exibir o resultado? Logo aqui, verifica-se a patologia do comportamento. Pois sabia sim que a matéria poderia vir a ser objeto de contestação judicial, o que de fato foi.

A sentença de 3a. instância proferida pelo presidente do STJ foi uma afronta à lei. Recorrida ao STF, foi destinada à apreciação do Ministro Lewandowski, que certamente ordenaria a entrega do exame. Então, vem a capitulação com a entrega voluntária de algo, que nesta altura dos fatos, já nem tem mais valor, a menos que uma completa e detalhada perícia seja feita nos documentos e no laboratório que processou o exame, já que a sequência de fatos não mais permite qualquer credibilidade a duas folhas de papel.

Na capitulação, combinam-se as características da canalhice, da covardia, do abuso de poder e certamente da fraude. Existe o claro objetivo de amenizar a situação, evitando-se uma sentença contrária que poderia por um lado desmoralizar o amigo do STJ e por outro lado estabelecer uma condenação ao psicopata, ainda que fosse sobre obrigação de fazer e não uma criminal.

A Advocacia Geral da União, enquanto instituição vem sofrendo derrotas em série que não representam apenas derrotas jurídicas comuns. Foi humilhada à condição de advocacia personalizada do presidente e pelo mau caráter de seus representantes, que certamente sabedores do direito, abraçaram as causas do meliante no poder sabendo dos altíssimos riscos de derrota, que de fato vêm se confirmando.

O palhaço do pantanalto comporta-se como um verdadeiro adolescente perverso, usando o ferramental do poder público para fazer valer seus desejos. Aqui na planície, cabe ao cidadão questionar quantas horas de funcionalismo de alto escalão tudo isso custou até o momento. Trabalho da juiíza de primeira instância e todo o seu aparato, trabalho do desembargador federal e todo o seu aparato, trabalho da burocracia do STJ e do STF e da própria AGU. Certamente, se bem calculado, tudo isso custou dezenas de milhares (ou mais de uma centena) de reais ao erário público em horas/pessoas de trabalho, somando-se a outros custos operacionais.

Esperamos que o Ministro Lewandowski não tenha se seduzido por esta mais que suspeita capitulação, e que determine uma rigorosa auditoria em todo o procedimento, deixando claro à nação que não se resolvem no STF questões de canalhice. E que assim, intime o fornecimento dos resultados diretamente da origem e sob auditoria técnica rigorosa. É o mínimo que se espera e é o que eu faria em seu lugar. Afinal, uma tentativa mal-sucedida de “passa-moleque” já teve o seu lugar nesta opereta trágica quando a AGU encaminhou um relatório médico à Justiça Federal onde não constavam os documentos solicitados.

Ainda assim, a “cuestão” não se resolve com os eventuais resultados negativos, caso se confirmem. Em primeiro lugar, pelo quanto descrito aqui já se demonstram os atos de improbidade e de abuso de poder. No meu entendimento, pelo menos. Mas indo um pouco mais adiante, nada alivia o crime cometido pelo perverso mandatário nas manifestações onde desceu ao encontro do público, tocando em pessoas e provocando aglomerações. Afinal, em tese, sabendo-se negativo quanto ao vírus, teria assim se exposto voluntariamente a um possível contágio, o que se transformaria rapidamente em questão de segurança nacional. Não é permitido a qualquer presidente de qualquer república, bananeira que seja, expor sua vida a risco, ainda que com “passado de atleta”, o que a ciência e os fatos já demonstraram cabalmente que não protege ningúem da morte ou doença grave pelo COVID-19.

Por fim, resta esclarecer ao público em qual instituição de ensino formou-se, em nível superior, o psicopata mandatário nas disciplinas da canalhice. Pois sim, fez jus ao diploma.

NN