Nos atuais tempos, como todos sabem, quase todos os dias algo desagradável nos salta aos olhos ao abrirmos a internet ao amanhecer, não é mesmo?

Pois então, hoje não foi diferente aqui na Alemanha. Uma amiga me chamou a atenção para um novo post do partido de extrema-direita alemão, o AfD, que, como venho explicando há anos, nada mais é do que o partido neonazista com uma roupagem atualizada ao século XXI.

Este partido veicula todos os tipos possíveis de agressão aos muçulmanos, os escolhidos “inimigos” maiores da vez da “pátria alemã”. O antissemitismo do AfD é completamente velado, porém para os judeus que possuem um “olhar clínico” sobre o assunto, é facilmente – e obviamente – detectado. Já a admiração do partido pela atual Israel direitista é evidente e escancarada. Assim como é a do psicótico presidente brasileiro e a do palhaço da Casa Branca. Sim, Netanyahu parece ter o poder de conquistar aplausos de todo o lixo ultradireitista que governa boa parte do mundo.

Muito bem, hoje o AfD e a Dinastia Netanyahu deram juntos um passo à frente nesse asqueroso affaire. O filho do primeiro ministro, Yair Netanyahu – um energúmeno que em muitos pontos consegue até superar seu pai –, declarou o seguinte: “Schengen está morta. Esperamos que em breve a globalista União Europeia também esteja. Aí então a Europa será novamente livre, democrática e cristã.”

Aguardo um momento para o(a) caro(a) leitor(a) se recuperar da ânsia de vômito.

Pronto? Pois é, a declaração do filhinho do papai funcionou como prato cheio para o AfD, que rapidamente publicou um post com sua fala, foto, nome e filiação (como vocês veem acima). É, um judeu direitista que odeia árabes e muçulmanos, clamando por uma “Europa cristã”, é um presente de Natal adiantado para os nazis germânicos.

Note-se que no post, além do logotipo do AfD, aparece também o do ‘Identidade e Democracia’, grupo do Parlamento Europeu que reúne os partidos de extrema-direita de dez países, e tem como mais forte representante a italiana ‘Lega Nord’ (‘Liga Norte’, dirigida por Salvini). Ou seja, a declaração tomou proporções continentais. (Ah, sim, mais um detalhe a ser mencionado: da mesma forma como fez Yair Netanyahu, esse grupo também utiliza em seu nome o termo ‘Democracia’, virando conceitos às avessas, como sempre foi e continua sendo do feitio dos nazifascistas.)

Enfim, amigxs, nada de novo no fronte: a Dinastia Netanyahu continua contribuir para com a destruição da imagem dos judeus no mundo, os neonazifascistas continuam a inverter valores e propagar ódio, e nós, a Resistência, – da maneira que podemos – continuamos a combater o terror que tomou o planeta nos últimos anos. Sigamos. Abraços.