Nos Estados Unidos, um homem abriu fogo em uma fábrica em Illinois e deixou 6 mortos.

No Brasil, dois rapazes abriram fogo dentro de uma escola em Suzano e deixaram 10 mortos.

Na Nova Zelândia, pelo menos 3 suspeitos foram detidos depois de abrirem fogo contra duas mesquitas e deixarem 49 mortos.

Em Israel, o primeiro ministro disse que Israel não é todos seus cidadãos, somente dos judeus.

Na Polônia, um jornal fez uma reportagem de capa ensinado como identificar judeus.

Tudo que foi lido até aqui aconteceu nos últimos 30 dias e poderia ser o resumo do que a direita é capaz, ou em outras palavras, como a direita faz mal ao nosso mundo.

No caso americano, se trata de mais um episódio do acesso e posse livre de armas que o país insiste em manter, graças, especialmente ao apoio incondicional do Partido Republicano.

No Brasil se trata de dar voz aos desejos do novo presidente. Os jovens apoiadores dele e da direita resolveram cometer o tipo de crime que se tornou comum nos Estados Unidos.

Na Nova Zelândia se trata de um crime de islamofobia levado a cabo por participantes de um grupo radical de supremacia branca de extrema direita.

Em Israel se trata do primeiro ministro respondeu a uma apresentadora de TV que disse em um post nas redes sociais que todos os cidadãos de Israel são iguais, judeus, árabes, drusos etc.

Na Polônia um ex-candidato ao parlamento polonês escreveu um artigo onde ensina seus leitores como identificar um judeu por suas características, modo de vida, gestos etc.

O fascismo se torna uma ameaça global a humanidade. Vidas não importam, o capital vem antes de tudo e se torna o único caminho capaz de trazer felicidade. Felicidade a uns poucos, é verdade, mas quem está contando?

Neste sentido, o nacionalismo exacerbado, a xenofobia, o racismo e formas de preconceito passam a ser não somente aceitos, mas incentivados como uma maneira de resolver problemas sociais e econômicos que o capital é incapaz de solucionar por conta de suas contradições intrínsecas.

Infelizmente este quadro de tristeza, de crimes covardes contra pessoas indefesas vai se alastrando mundo afora. Felizmente os regimes de direita são incapazes de manterem entre si cooperações econômicas sustentáveis por muito tempo. Normalmente, este tipo de acordo é sempre leonino e um dos lados se beneficia em detrimento do outro. Isso tem prazo de validade.

O capitalismo é implacável. Existe o forte e o fraco, o opressor e o oprimido. Meritocracia é o seu mantra e o paraíso é somente para aqueles que souberam se aproveitar do sistema em benefício próprio.

A universidade é para poucos. A riqueza é o prêmio para os escolhidos e dele devem usufruir somente aqueles verdadeiramente merecedores. Deste bolo comem poucos e as massas cabem as migalhas.

Neste projeto não existe lugar para o diferente, para o fraco, para o outro. Empatia é palavrão e solidariedade um crime. Imposto é para os pobres e o destino deles é permanecerem na base da pirâmide alimentando os que estão no topo, jamais ascendendo ao lugar de cima.

Um metalúrgico nordestino presidente da nação que ousou subverter esta ordem está preso há quase um ano. Preso sem provas do cometimento de qualquer crime, e ainda assim condenado.

Nos privaram de sua presença e de seu lugar como presidente do Brasil. Votos não lhe faltariam se tivesse disputado a eleição. Eles o mantêm encarcerado fisicamente, mas não puderam calar sua voz, nem suas ideias. Ele tudo suporta e não se abate.

Lula está presente e seu projeto para o Brasil vai vencer esta escuridão em que nos encontramos. Um país de oportunidades iguais para todos vai renascer porque o que o neoliberalismo é incapaz de destruir é a nossa capacidade de manter viva a chama da solidariedade onde apesar de tudo o que estamos sendo obrigados a passar, ninguém soltou a mão de ninguém.

Sou um idealista inveterado.  Sei que vamos encontrar os meios para deixar este mundo um lugar harmonioso de se viver para as próximas gerações. Com paciência e a nossa perseverança na luta, vamos construir um mundo melhor.