Como uma das mais de um bilhão de páginas do Facebook imagino o que o que posto, ou eventualmente escrevo possa causar ao mundo.

Na ultima vez que olhei minha quantidade de “amigos”, havia lá cerca de 600 pessoas. Para quem raramente convida alguém e apenas aceita convites de amizades, creio que este seja um número bem pequeno. Mais ainda se considerar que a maioria destes amigos, simplesmente ignora o que coloco na minha página. Portanto imaginar que o que está lá vá influenciar mudanças na vida de quem quer que seja seria muita pretensão, o que não é o caso.

Sou um viciado em informações. lembro que na adolescência costumava ler até 3 jornais por dia. Hoje a Internet de um lado facilitou a minha vida, de outro proporcionou-me um material inesgotável de satisfação a este vício.

Boa parte desta leitura ao longo do dia vou postando na minha página do FB. A grande maioria nem comento, mas coloco lá como uma forma de saber o que me interessou naquele dia quando daqui a alguns anos eu voltar para trás na história e rever este material.

Chama minha atenção como algumas destas coisas despertam os mais variados sentimentos nas pessoas. Algumas apenas curtem, outras curtem e compartilham e algumas fazem questão de opinar. Aí fica mais interessante. As pessoas acham que por ter colocado na minha página eu estou não somente concordando, como exigindo que concordem comigo.

Talvez eu devesse colocar um esclarecimento a cada postagem, algo como: li e concordo; li e não concordo; nem li ainda. Ou tipo: o dono deste texto não me autoriza fazer comentários.

Muitos textos são extraídos do jornal israelense Haaretz e são editoriais, notícias públicas ou artigos de colunistas. Tudo isto consta em um site público que qualquer um pode acessar, mas quando colocado na minha página do FB parece causar um certo frisson em alguns “amigos”. Aliás tudo o que publico, portanto é compartilhado.

Se estes “amigos” quisessem apenas dar as suas opiniões, eu nem estaria escrevendo estas linhas. O que tem acontecido com alguns deles é que ao invés de se manifestarem contra ou a favor do texto, eles se acham no direito de atacarem a minha pessoa. O artigo não é importante. Verdade ou propaganda enganosa, não importa. O fato é que viro o centro das atenções deles e me dirigem todo tipo de adjetivos e impropérios. Ainda bem que o FB permite que possamos deletar tais comentários e até mesmo excluir estas pessoas, o que o faço somente em última instância.

Afinal de contas o que move estas pessoas. Porque atacam um cara que tem tão poucas amizades no FB se comparado a eles próprios? Porque me atribuem uma importância que não tenho e não busco? Porque não se preocupam em publicar nas suas páginas? Porque não me deletam? Qual o sentido de tudo isso?

Não tenho as respostas. Cada dia imagino algo diferente. Acontece que muitas delas eu pouco conheço. No entanto o que elas têm em comum é esta estranha sina de atacar o interlocutor. Em geral o fazem aqueles que tem pouco a dizer, mas estaria sendo muito simplista se pudesse reduzir tudo a esta única explicação. Talvez Freud saiba.

Aos que chegaram até aqui, meus cumprimentos. Poucos leem artigos longos. Para não ficar mais batendo na mesma tecla. quero apenas me desculpar por as vezes impor tais comentários a todos que apenas curtiram o tópico. Sou grato aqueles que como eu não suportam tais baixarias.

Apenas para constar: sou a favor da Libertação do Tibete e por um Estado Kurdo também, entre outras causas. Um dia falo sobre isso.